O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a defender que sanções dos Estados Unidos sejam aplicadas não apenas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas também à sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, além de presidentes da Câmara e do Senado, caso, segundo ele, “não cumpram seu papel como representantes da sociedade”.
Em entrevista ao site Metrópoles, Eduardo afirmou que Viviane seria o “braço financeiro” do ministro e que, por isso, deveria ser alvo das mesmas punições impostas a Moraes. “A Viviane seria uma válvula de escape para uma saída honrosa do Alexandre de Moraes, mas como ele opta por dobrar a aposta, há um risco muito alto de que ela também venha a sofrer essas sanções da OFAC, porque é entendida como o braço financeiro do Alexandre de Moraes”, disse o deputado, em referência ao Office of Foreign Assets Control (OFAC), órgão ligado ao Departamento do Tesouro dos EUA.
O governo americano anunciou em 30 de julho sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para restringir direitos de indivíduos acusados de violações graves aos direitos humanos. É a primeira vez que uma autoridade de um país democrático é punida com essas medidas, que incluem:
- proibição de entrada nos Estados Unidos;
- bloqueio de bens e propriedades em território americano;
- restrição a serviços de empresas sediadas nos EUA.
Eduardo Bolsonaro citou ainda que, a exemplo do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que teria perdido o visto americano, outros líderes do Congresso, como Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), poderiam ser incluídos em sanções caso não analisem pedidos de impeachment contra Moraes.
As declarações reforçam o clima de embate entre setores da oposição bolsonarista e instituições brasileiras, além de ecoar nos debates internacionais sobre os limites da aplicação da Lei Magnitsky em contextos políticos fora dos Estados Unidos.
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