Um vídeo de 2022 voltou a repercutir nas redes sociais neste fim de semana. Nele, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), faz duras críticas ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), que à época comandava o Governo do Estado há 16 anos e também a Prefeitura do Recife, com Geraldo Julio e João Campos.
Na gravação, Álvaro Porto afirma de forma categórica:
“O PSB está há 16 anos no Governo do Estado e na Prefeitura do Recife com Geraldo Julio e agora com João Campos. O que a gente vê é um estado abandonado e uma cidade entregue ao descaso.”
As críticas refletiam o clima de insatisfação de boa parte da população naquele período e posicionavam Álvaro como uma voz da oposição à hegemonia socialista em Pernambuco.
Do ataque à aliança
O que chama a atenção dos internautas, no entanto, é que, passados três anos, Álvaro Porto hoje adota um tom completamente diferente em relação ao PSB. Em 2025, o presidente da Alepe aparece como aliado do prefeito João Campos, elogiando sua gestão e até se aproximando do grupo socialista nos bastidores da política estadual.
A mudança repentina de postura levantou questionamentos:
Qual Álvaro Porto devemos acreditar? O crítico ácido de 2022 ou o aliado diplomático de 2025?
A reviravolta na fala do deputado reacende o debate sobre coerência política e os arranjos estratégicos que, muitas vezes, se sobrepõem a posicionamentos ideológicos. Para alguns analistas, a aproximação de Álvaro com o PSB pode estar ligada à disputa pelo cenário eleitoral de 2026, onde alianças e acordos já começam a ser costurados. Para outros, trata-se de uma contradição evidente que enfraquece a credibilidade de sua atuação política.
Repercussão nas redes
O vídeo resgatado gerou uma série de comentários nas redes sociais, com internautas cobrando explicações do parlamentar e apontando “dois discursos” em momentos distintos. Outros avaliam que a política exige flexibilidade e que o diálogo entre adversários faz parte do jogo democrático.
Enquanto isso, João Campos, que se prepara para buscar a reeleição em 2026 ou alçar voos maiores, como uma candidatura ao Governo do Estado, segue colecionando aliados — inclusive entre antigos críticos.
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