O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu o cenário internacional ao adotar uma postura ambígua em relação ao Brasil nesta quarta-feira (30). De um lado, agradou a ala bolsonarista com a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. De outro, cedeu às pressões do setor econômico e recuou parcialmente na aplicação de um tarifário pesado sobre produtos brasileiros.
Apesar de manter a taxa de 50%, a nova taxação teve redução significativa na lista de itens afetados, o que preserva 43,4% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, conforme dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham).
Setores poupados
Entre os principais produtos que ficaram de fora do tarifário, estão:
• Suco de laranja
• Madeira
• Celulose
• Fertilizantes
• Combustíveis
• Aço
• Minério de ferro
• Castanhas
Ao todo, foram 694 exceções, o que representa um alívio importante para o agronegócio e a indústria nacional, que tem nos EUA um dos principais destinos de exportação.
Repercussão no Brasil
O gesto de Trump foi comemorado com cautela pelo governo brasileiro, que vê na medida uma oportunidade de preservar empregos e receita em setores estratégicos da economia. Empresários das áreas poupadas também reagiram positivamente, embora permaneçam atentos a eventuais mudanças futuras no cenário comercial.
O episódio mostra como decisões geopolíticas podem ter repercussões diretas na economia, reforçando a necessidade de diplomacia ativa e diálogo com grandes potências, especialmente em tempos de incertezas políticas.
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