quarta-feira , 10 dezembro 2025
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STF forma maioria para manter prisão preventiva de Bolsonaro; placar chega a 3×0

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta segunda-feira (24), maioria para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento ocorre no plenário virtual, onde não há debates entre os ministros, apenas registro de votos. O prazo para a conclusão se encerra às 20h.

Até o momento, votaram Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, todos pela manutenção da prisão. Ainda falta o voto da ministra Cármen Lúcia. Com a aposentadoria de Luiz Fux, que era a única voz divergente do colegiado, a tendência é que a decisão seja unânime.

Moraes: Bolsonaro é “reiterante” em descumprir medidas e violou tornozeleira de forma dolosa

Primeiro a votar, o ministro Alexandre de Moraes defendeu que há elementos suficientes para manter Bolsonaro preso. Segundo ele, o ex-presidente:

  • é reincidente no descumprimento de medidas judiciais;
  • violou a tornozeleira eletrônica de forma dolosa e consciente;
  • confessou ter mexido no equipamento;
  • demonstrou desrespeito explícito à Justiça.

Moraes classificou o episódio como “falta grave” e considerou que a soma dos fatos indica possível tentativa de fuga.

Dino: aliados em fuga e convocação de vigília reforçam risco

O ministro Flávio Dino também votou pela manutenção da prisão preventiva, citando três principais fatores:

1. Violação da tornozeleira eletrônica

Para Dino, os elementos apontam ação deliberada e não confusão acidental.

2. Convocação da vigília por Flávio Bolsonaro

O ministro afirmou que grupos de apoiadores do ex-presidente têm atuado de forma “descontrolada”, com risco de confrontos e repetição dos atos de 8 de janeiro.

Ele alertou que a casa de Bolsonaro poderia ser invadida por apoiadores exaltados, colocando em risco:

  • moradores;
  • policiais;
  • vizinhos.

3. Fugas recentes de aliados

Dino lembrou episódios envolvendo Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem, interpretando como sinais de “profunda deslealdade às instituições pátrias”.

“Se os propósitos fossem apenas religiosos, a análise poderia ser outra. Mas a realidade demonstra retóricas de guerra, ódios e confrontos”, afirmou.

Cristiano Zanin acompanha os colegas

O ministro Cristiano Zanin votou no mesmo sentido, reforçando a necessidade de garantir a ordem pública e o cumprimento das medidas cautelares impostas.

Por que Bolsonaro foi preso?

A prisão preventiva foi decretada por Alexandre de Moraes na madrugada de sábado (22). Dois fatores pesaram para a decisão:

  1. Violação da tornozeleira eletrônica, após tentativa de abertura do dispositivo;
  2. Vigília convocada por Flávio Bolsonaro, interpretada pelo ministro como possível preparação para fuga.

Defesa alega “confusão mental”

Os advogados de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente estava sob efeito de medicamentos para soluços, o que teria causado confusão mental. Segundo a defesa:

  • Bolsonaro acreditou que havia uma “escuta” dentro da tornozeleira;
  • tentou abrir apenas a tampa, não remover o equipamento;
  • o vídeo da Seape mostraria fala arrastada e comportamento “ilógico”.

A defesa ainda sustenta que, mesmo que o equipamento fosse desligado, Bolsonaro não teria condições de fugir, pois:

  • vive em condomínio fechado;
  • é monitorado 24h por policiais federais.

Bolsonaro está preso na PF em Brasília

Desde sábado, Bolsonaro está detido em uma cela especial na sede da Polícia Federal, em Brasília.

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