A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos na chamada trama golpista. Entre os réus, estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Condenações
Por 4 votos a 1, o colegiado condenou Bolsonaro, Mauro Cid e mais seis réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, foi condenado a 2 anos de prisão em regime aberto. O relator, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a colaboração do ex-ajudante de ordens foi efetiva e deveria ser valorizada, motivo pelo qual o benefício foi concedido. A proposta foi seguida pelos demais ministros do colegiado.
A exceção foi Alexandre Ramagem, condenado apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. O parlamentar foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responderá por apenas três dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Reação política
A decisão gerou reação imediata. O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para criticar o julgamento e acusar o STF de perseguição:
“Chamam de julgamento um processo que todos já sabiam o resultado antes mesmo de ele começar. Não pelo que viria a ser produzido nos autos, mas por quem iria julgar. A isso chamam de defesa da democracia. Não, isso é defesa da supremacia. Suprema perseguição. Querem matar Bolsonaro.”
As condenações marcam mais um capítulo das investigações sobre os atos golpistas e ampliam a pressão sobre Bolsonaro e seus aliados, que seguem sob a mira da Justiça.
📸 Foto: Agência Brasil / Agência Senado
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