O cenário político de Pernambuco passa por uma reorganização estratégica após o fechamento da federação União Brasil–Progressistas (UB–PP). A nova configuração consolidou um movimento importante: o comando político da federação no estado ficará sob liderança direta do deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP. Com isso, o protagonismo da legenda se desloca para dentro da base da governadora Raquel Lyra (PSD).
Na prática, a federação UB–PP terá peso decisivo nas eleições municipais e estaduais, mas sob orientação de um grupo político que mantém alinhamento com o governo estadual. A movimentação representa uma perda significativa de influência para Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, cuja capacidade de decisão em Pernambuco diminui diante da força política e estrutural de Eduardo da Fonte.
Base da governadora se amplia
A federação, agora integrada ao campo político de Raquel Lyra, fortalece ainda mais o seu arco de alianças. Além do próprio PP sob comando de Eduardo da Fonte, a governadora conta com outro nome estratégico dentro do União Brasil: o deputado federal Mendonça Filho, que permanece firme na base governista e contribui para a sustentação política do Palácio do Campo das Princesas.
O alinhamento de Mendonça Filho reforça que, dentro do próprio União Brasil, há setores relevantes comprometidos com a estabilidade e com as pautas do governo Raquel Lyra, o que amplia o espaço de governabilidade e neutraliza resistências internas ao projeto estadual.
Miguel Coelho isolado no União Brasil
Com o novo desenho da federação e a perda de força de Rueda no estado, o ex-prefeito Miguel Coelho fica cada vez mais isolado dentro do União Brasil. Sem apoio consistente na executiva estadual e percebendo que o partido passa a ser absorvido pela base da governadora, Miguel dá sinais claros de que está “de malas prontas” para outra legenda.
A mudança parece inevitável:
- O controle estadual do PP (e, por consequência, da federação) está sob Eduardo da Fonte;
- O União Brasil em Pernambuco mantém nomes-chave alinhados ao governo;
- Miguel não encontra espaço para protagonismo interno e tende a buscar uma sigla que lhe garanta autonomia.
Conclusão técnica
O fechamento da federação UB–PP redefine o tabuleiro político:
- Eduardo da Fonte se torna o principal articulador desse novo bloco em Pernambuco;
- A base de Raquel Lyra se fortalece, ampliando alianças estratégicas no Congresso e no estado;
- Antônio Rueda perde influência local, ficando limitado ao plano nacional;
- Miguel Coelho se afasta do partido e deve migrar para outra legenda que lhe ofereça campo de atuação.
A federação larga em 2026 como um dos pilares políticos do governo estadual, reposicionando forças e consolidando o PP e o União Brasil – em sua parcela governista – como peças centrais no novo equilíbrio de poder em Pernambuco.


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