Recife (PE) — O Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco vive um momento de tensão interna às vésperas da eleição para a presidência do diretório estadual, marcada para julho. A senadora Teresa Leitão anunciou nesta segunda-feira (5), durante evento na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que seu grupo político irá lançar uma candidatura própria, encerrando as articulações por uma chapa única com o grupo liderado pelo senador Humberto Costa.
Segundo Teresa, a decisão se deu pela falta de consenso dentro da corrente interna Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Humberto faz parte. O grupo do senador apresenta, até o momento, três pré-candidaturas: o deputado federal Carlos Veras, o secretário-geral do partido, Sérgio Goiana, e a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado.
“A própria CNB se apresenta com três candidatos, ela não conseguiu fazer o consenso nem dela própria. Nós não vamos embarcar nessa canoa”, afirmou a senadora, justificando a ruptura.
Com o impasse, o grupo de Teresa Leitão, que aguardava uma definição da CNB local, passou a se articular com nomes próprios. Entre os cotados está o secretário de Habitação do Recife, Felipe Cury, apontado como favorito, e a vereadora de Olinda, Eugênia Lima. Outros nomes influentes do grupo também estão sendo citados, como a presidente do Sintepe, Ivete Caetano, o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, e a vereadora do Recife, Liana Cirne.
A disputa promete acirrar os ânimos e expor ainda mais as divisões internas entre as principais lideranças petistas do estado, em um momento estratégico para o futuro político do partido em Pernambuco.
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