quarta-feira , 16 julho 2025
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PSB ameaça romper com o PT caso Lula apoie palanque duplo em Pernambuco nas eleições de 2026

Socialistas pressionam o presidente a escolher entre João Campos e Raquel Lyra: “Esse negócio de palanque duplo não vai acontecer

O clima esquentou nos bastidores da política nacional com foco em Pernambuco. O PSB deu um claro recado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): se ele tentar repetir em 2026 a estratégia de ter dois palanques no estado — apoiando simultaneamente João Campos (PSB) e Raquel Lyra (PSD) —, a aliança nacional entre os dois partidos poderá ser rompida.

A avaliação dos socialistas é de que não há espaço para neutralidade no cenário local. Segundo interlocutores do PSB ouvidos pela revista Veja, o alinhamento estadual é condição para discutir alianças em outras regiões do país. “Se Lula optar por coligar o PT com ela [Raquel Lyra], acredito que nem projeto nacional vai ter”, disparou um dirigente.

A principal crítica parte do histórico da governadora. De acordo com membros do PSB, Raquel Lyra não declarou voto em Lula no segundo turno de 2022 e segue, até hoje, sem esclarecer sua posição política naquele pleito. “Ela está em um partido que não estará com o presidente Lula”, afirmou uma fonte.

A tensão se agravou após Lula sinalizar, em mais de uma ocasião, simpatia pelos dois lados. Uma dessas situações ocorreu durante a convenção nacional do PSB, que elegeu João Campos como novo presidente da sigla. O gesto foi mal interpretado por socialistas que querem exclusividade do apoio do PT ao atual prefeito do Recife, visto como nome certo na disputa pelo governo estadual em 2026.

Os petistas, no entanto, não confirmam qualquer intenção de palanque duplo. Em 2006, Lula chegou a adotar essa estratégia ao apoiar simultaneamente Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB), pai de João. Mas, para o PSB, os tempos são outros. “Naquele contexto, ambos eram aliados de Lula. Raquel nunca foi”, reforça um dirigente socialista.

Ainda segundo o PSB, a aproximação institucional entre Lula e Raquel Lyra se deve apenas à civilidade e aos cargos federais ocupados por aliados do PSD. “A chance de esse negócio [palanque duplo] acontecer é zero. A grande questão é com quem o PT vai coligar. E isso é uma coisa pacificada com a gente”, afirmou um membro da executiva do partido.

A disputa pelo comando político de Pernambuco em 2026 já começou — e promete esquentar os bastidores em Brasília.

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