A política de Carpina voltou a ferver — e, desta vez, com intensidade suficiente para abalar um grupo que parecia confortável. O anúncio da pré-candidatura do ex-prefeito Manoel “Bota Fogo” a deputado estadual mexeu diretamente no tabuleiro político local e tem causado uma dor de cabeça crescente para o deputado Gustavo Gouveia, que esperava caminhar rumo a 2026 com a tranquilidade de quem tinha a cidade sob controle.
Mas Carpina mostrou que segue imprevisível.
Bota Fogo, que muitos julgavam politicamente “apagado”, ressurgiu com força e rapidamente ganhou a simpatia de parte expressiva da população. Analistas leem essa movimentação como um reflexo claro do desgaste da gestão da prefeita Eduarda Gouveia, esposa do deputado. A expectativa do grupo governista era simples: garantir que Gustavo saísse majoritário em Carpina. Mas o cenário já não é tão favorável — e as ruas começam a contar outra história.
O retorno de Bota Fogo ao protagonismo político tem surpreendido até adversários. Sua presença nas conversas, nas articulações e no sentimento popular indica que ele não apenas voltou “vivo”, mas estrategicamente posicionado. E isso acendeu um alerta nada confortável no grupo dos Gouveia: caso Bota Fogo supere Gustavo nas urnas já em 2026, Carpina, mais uma vez, será palco de um recado político importante.
A análise é técnica e direta: quando um ex-prefeito cresce mesmo enfrentando a máquina pública, significa que a gestão atual enfrenta desgaste real. E esse desgaste, por mais que aliados tentem minimizar, já respinga na pré-candidatura de Gustavo Gouveia.
Especula-se que o desempenho de Bota Fogo em 2026 será um termômetro para a eleição municipal de Carpina em 2028. Se ele sair majoritário na cidade, ficará evidente que a prefeita Eduarda encerra seu mandato sob forte rejeição, desmontando a narrativa de estabilidade política que o grupo Gouveia tenta sustentar.
Enquanto isso, Bota Fogo segue fazendo jus ao nome: colocando Carpina no centro do debate e incendiando o cenário político local.
Gustavo Gouveia, por outro lado, vê a disputa em Carpina escapar da zona de conforto — e, ironicamente, percebe que, na cidade onde deveria sobrar apoio, agora começa a faltar fôlego.
O jogo virou em Carpina. E promete pegar fogo até 2026.


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