A situação administrativa da Prefeitura de Olinda chegou a um ponto insustentável. Após 11 meses de gestão, a prefeita Mirella segue presa a um rombo milionário herdado do ex-prefeito Professor Lupércio, e até agora não conseguiu enxergar uma saída concreta para reorganizar as contas públicas, muito menos dar estabilidade aos serviços essenciais.
Um rombo que nunca foi explicado — e que ninguém quer assumir
A gestão de Lupércio deixou para trás um passivo milionário, compromissos sem recursos, contratos estourados e dívidas espalhadas em diversas pastas. Apesar de internamente a situação ser amplamente conhecida, Mirella evita expor publicamente o caos financeiro recebido, numa tentativa clara de blindar a imagem do ex-prefeito — seu padrinho político.
O resultado dessa escolha política é devastador:
Olinda está sem rumo e sem capacidade de reação.
Funcionários terceirizados da Educação sofrem com atrasos constantes
Se existe um setor que vem pagando a conta dessa crise, é a Educação.
Os trabalhadores terceirizados, responsáveis por manter escolas funcionando, convivem há meses com atrasos salariais recorrentes, falta de previsibilidade e insegurança total.
A categoria relata que nunca passou por tanta instabilidade.
E tudo isso acontece enquanto a gestão insiste em discursos vagos, sem apresentar medidas concretas para reequilibrar a folha ou renegociar os débitos.
Cultura abandonada: serviços do Carnaval ainda não foram pagos
Outro setor que vive um abandono completo é a Cultura.
Produtores, artistas e profissionais que trabalharam no último Carnaval seguem sem receber pelos serviços prestados, mesmo após todas as promessas de regularização.
Olinda, que sempre foi referência cultural de Pernambuco e do Brasil, vive o seu pior momento administrativo justamente no campo em que mais deveria ser forte.
Mirella encurralada politicamente — e prisioneira da campanha de Lupércio
A ineficiência administrativa da prefeita se agrava porque Mirella passou praticamente o ano inteiro presa à estratégia eleitoral do ex-prefeito Lupércio, que inicialmente se colocava como pré-candidato a deputado federal.
Com a cidade afundando em dívidas, serviços comprometidos e caos financeiro instalado, a prefeita dedicou energia e articulação para manter viva a pré-campanha de Lupércio — que, após 11 meses de “descanso”, recuou e agora tenta se reposicionar como pré-candidato a deputado estadual.
Enquanto isso, Olinda paga o preço da submissão política.
Uma gestão sem saída e uma cidade que perde todos os dias
A realidade é que Mirella entrou na prefeitura fragilizada, pegou um município destruído financeiramente e, em vez de romper com o passado, optou por proteger quem causou o problema.
Resultado?
- A cidade está sem recursos.
- Os trabalhadores não recebem em dia.
- A cultura está de braços cruzados.
- A população sente diariamente o impacto da má gestão.
- E a prefeitura segue num beco sem saída, sem transparência, sem plano e sem liderança capaz de enfrentar a crise.
Olinda agoniza — e a gestão Mirella precisa decidir se continuará refém das escolhas de Lupércio ou se assumirá, de fato, a responsabilidade de governar a cidade.


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