O Governo de Pernambuco sancionou a Lei nº 18.919/2025, que proíbe o uso de cerol e linha chilena, além de coibir o lançamento de pipas próximas às redes de distribuição de energia elétrica. A nova legislação, que entrou em vigor no dia 2 de outubro, prevê multas de até R$ 10 mil, valor que pode ser dobrado em caso de impacto no fornecimento de energia. Quando o infrator for menor de idade, os pais ou responsáveis responderão pela infração.
A medida foi tomada após o aumento expressivo no número de ocorrências envolvendo pipas e a rede elétrica no Estado. Segundo dados da Neoenergia Pernambuco, 1.152 casos de pipas presas aos fios foram registrados entre janeiro e setembro de 2025, provocando interrupções no fornecimento de energia para cerca de 350 mil clientes. Nos últimos três anos, houve crescimento de 53% nessas ocorrências.
A Neoenergia reforça que é extremamente perigoso subir em postes, torres ou telhados para tentar recuperar pipas, assim como entrar em subestações, áreas restritas e de alto risco. A empresa também proíbe o uso de materiais metálicos ou papel laminado na confecção das pipas, já que esses materiais conduzem eletricidade e podem causar choques fatais.
“A pipa é uma brincadeira popular e cultural, mas quando feita em locais inadequados deixa de ser inofensiva. Os impactos vão muito além da falta de energia: há risco de acidentes graves e até fatais. É fundamental que a população entenda que energia elétrica não combina com linha de pipa”, destacou Rafael Motta, gerente de Relações Institucionais da Neoenergia Pernambuco.
Além dos prejuízos materiais, o uso de cerol e linha chilena transforma o fio da pipa em uma arma cortante, capaz de romper cabos, causar curtos-circuitos e colocar vidas em risco. Em alguns casos, o contato direto com a rede elétrica pode provocar descargas fatais.


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