O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu nesta semana as acusações feitas por seu ex-assessor, o perito Eduardo Tagliaferro, que o acusou de adulterar documentos para justificar operações da Polícia Federal (PF).
Tagliaferro, que atualmente está foragido na Itália, apresentou denúncia em audiência por videoconferência no Senado Federal. Durante sua fala, ele afirmou que Moraes teria alterado a data de documentos oficiais para dar respaldo jurídico a operações policiais.
Segundo os documentos apresentados pelo ex-assessor à Comissão de Segurança Pública do Senado, na última terça-feira (2), uma petição assinada teria a data adulterada. O perito relatou que, enquanto atuava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), precisou produzir um documento posterior a uma ação da PF. No entanto, a data teria sido modificada para que constasse como se o material técnico tivesse sido elaborado antes da operação.
De acordo com Tagliaferro, a suposta alteração teria ocorrido porque Moraes não queria que transparecesse que a Polícia Federal havia realizado buscas e apreensões em alvos baseando-se apenas em uma notícia divulgada pela imprensa na época.
O ministro Alexandre de Moraes, por sua vez, negou as acusações e afirmou que se trata de uma tentativa de descredibilizar sua atuação no Supremo e no TSE. Até o momento, o caso segue repercutindo no meio político e jurídico, gerando debates sobre a seriedade das denúncias e também sobre o fato de o acusador estar foragido em outro país.
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