A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) declarou que poderá disputar as eleições de 2026, afirmando estar “pronta para fazer o que Deus me pedir”. A fala foi dada em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, publicada nesta quarta-feira (24), a primeira desde a condenação de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Ele cumpre prisão domiciliar até o julgamento de todos os recursos cabíveis.
“Levantarei como uma leoa”
Michelle disse que seguirá ao lado do marido, mas que está preparada para assumir protagonismo político:
“Eu me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a Justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer tudo o que Ele me pedir.”
A ex-primeira-dama também classificou o processo no STF como uma “farsa judicial” e uma “perseguição covarde”.
Cotada para 2026
Embora afirme estar focada em cuidar da família, Michelle não descarta concorrer em 2026. Ela já transferiu o título eleitoral para Brasília em julho e é apontada como possível candidata ao Palácio do Planalto ou ao Senado pelo Distrito Federal.
Críticas ao governo Lula e ao STF
Na entrevista, Michelle disse que, em um país “verdadeiramente democrático”, a ação penal contra Bolsonaro “seria nula desde o início” e alegou “violações básicas ao devido processo legal”.
Ela também atribuiu à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do STF Alexandre de Moraes a crise diplomática com os Estados Unidos, negando que a responsabilidade fosse do ex-presidente norte-americano Donald Trump, aliado de Jair Bolsonaro.
“O governo Lula parece ter a intenção de provocar o caos no Brasil e depois atribuir isso a Trump, para explorar um cenário caótico que, na realidade, foi criado por suas próprias políticas”, disse.
Michelle reforçou que, enquanto Bolsonaro estiver fora da cena política, continuará atuando em defesa do conservadorismo no Brasil.
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