O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), em parceria com a Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), lançou uma ampla campanha contra a privatização do Metrô do Recife. Outdoors e painéis de LED foram instalados em avenidas estratégicas do Grande Recife, além de ações de mobilização com bicicletas de som em estações como Recife, Joana Bezerra, Camaragibe, Cavaleiro, Jaboatão, Afogados e Barro.
De acordo com o sindicato, a iniciativa busca chamar a atenção da sociedade para os riscos da transferência do sistema ao setor privado, medida defendida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que sugeriu repassar a gestão do metrô ao Governo de Pernambuco, repetindo modelos já adotados em estados como Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Críticas ao governo federal
Para os metroviários, a posição do ministro é um insulto, pois desconsidera décadas de sucateamento deliberado pelo próprio Estado, que, segundo eles, paralisou investimentos para justificar a entrega do sistema à iniciativa privada.
A campanha traz mensagens fortes em outdoors e painéis eletrônicos. Uma delas compara a atual gestão à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que privatizou o metrô de Belo Horizonte:
“Lula, Bolsonaro privatizou o metrô de BH. O seu governo vai privatizar o metrô do Recife? A passagem vai aumentar e o serviço vai piorar!”.
Cobrança ao Governo de Pernambuco
O movimento sindical também pressiona a governadora Raquel Lyra (PSD), exigindo uma postura mais firme e contrária à privatização. Segundo os metroviários, a defesa do transporte público de qualidade deve ser prioridade, sobretudo diante da crise de mobilidade que afeta a Região Metropolitana do Recife.
Articulação política em Brasília
Além da campanha nas ruas, o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, cumpre agenda em Brasília, buscando apoio de parlamentares e lideranças políticas para barrar o avanço da privatização.
O que está em jogo
O sindicato alerta que a entrega do metrô ao setor privado trará como consequência imediata o aumento das tarifas e a piora na qualidade do serviço, penalizando diretamente a população que mais depende do transporte coletivo.
A mobilização promete se intensificar nas próximas semanas, mantendo o debate sobre o futuro do Metrô do Recife no centro das discussões políticas de Pernambuco.
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