Rio de Janeiro – O cantor de funk MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, foi preso na manhã de quinta-feira, 29 de maio de 2025, em uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O artista é investigado por suposto envolvimento com o tráfico de drogas, apologia ao crime, além de novos inquéritos relacionados a tortura e cárcere privado.
Ao ser conduzido ao sistema penitenciário, Poze declarou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) sua ligação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), uma das principais organizações do tráfico de drogas no país. Por conta desta manifestação, as autoridades o transferiram para a Penitenciária Serrano Neves, conhecida como Bangu 3, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio. A unidade abriga presos com vínculos já confirmados com o CV.
De acordo com o protocolo da Seap, detentos podem optar por declarar sua neutralidade ou indicar associação a alguma facção criminosa, o que determina para qual unidade prisional serão encaminhados. Caso tivesse optado pela neutralidade, MC Poze seria encaminhado para um setor reservado a presos sem vínculos com facções.
A decisão do funkeiro em declarar vínculo ao Comando Vermelho gerou grande repercussão e reforçou as investigações sobre sua possível relação com atividades criminosas. As autoridades apuram se Poze utilizava sua imagem pública e influência nas redes sociais para promover e financiar ações ligadas ao tráfico.
Durante a operação que culminou em sua prisão, a polícia apreendeu diversos bens de alto valor, como joias, veículos de luxo e celulares, que podem ser utilizados na investigação. A esposa do artista, Vivianne Noronha, também é alvo de apuração, suspeita de participação em um esquema ilegal de sorteios de rifas virtuais.
Na saída para a Polinter, durante transferência, Poze afirmou estar sendo vítima de uma injustiça. Ele passou por audiência de custódia ainda no mesmo dia, e a Justiça decidiu manter sua prisão temporária por 30 dias, prazo no qual as investigações devem avançar.
O caso segue em sigilo e novas diligências são previstas nos próximos dias. A defesa de MC Poze não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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