As recentes ações da Prefeitura do Recife durante manifestações por moradia voltaram a gerar tensão entre representantes de movimentos sociais e parlamentares ligados à pauta progressista.
Após o confronto ocorrido na última terça-feira (14), em frente ao prédio da Prefeitura, líderes de movimentos sociais criticaram a falta de posicionamento da vereadora Kari Santos (PT) e da deputada estadual Dani Portela (PSOL) diante da atuação do prefeito João Campos (PSB) em relação aos manifestantes.
Os movimentos afirmam que esperavam uma manifestação pública das duas parlamentares, conhecidas por defenderem historicamente causas sociais e populares. Segundo os líderes, o silêncio das representantes da esquerda diante da postura da gestão municipal causa estranhamento e gera dúvidas sobre o alinhamento político das mesmas.
“Queremos entender de que lado elas estão. Se do lado do povo que luta por moradia digna, ou do lado de quem manda reprimir trabalhadores e mulheres que apenas reivindicam direitos”, disse um dos representantes do Movimento dos Trabalhadores por Moradia Digna (MTMD).
O protesto, que pedia mais investimentos em políticas habitacionais, terminou com uma mulher ferida durante um confronto com a Guarda Municipal e a Polícia Militar. As imagens repercutiram amplamente nas redes sociais e reacenderam o debate sobre o tratamento dado pela Prefeitura aos movimentos sociais.
O questionamento agora gira em torno de qual será a postura das parlamentares diante dos acontecimentos.
A dúvida levantada entre os militantes é clara: Kari Santos e Dani Portela permanecerão ao lado dos movimentos que sempre defenderam, ou vão manter o silêncio em apoio ao prefeito João Campos?
Até o momento, nenhuma das duas parlamentares se pronunciou oficialmente sobre o episódio.
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