O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus acusados de participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 segue movimentando o cenário político nacional. Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa o caso, aliados de Bolsonaro intensificam críticas à Corte e convocam manifestações em sua defesa.
No Recife, o vereador Gilson Machado Filho (PL) afirmou que o processo em andamento é “certamente parcial” e acusou os ministros do STF de agirem em alinhamento com o governo federal.
“Um julgamento que era para ser imparcial, já tem uma cela reservada para o presidente Bolsonaro e eles atropelam qualquer tipo de defesa. A gente tem um poder apenas governando o Brasil, que é o STF”, declarou o parlamentar.
O ex-presidente, que está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde agosto, não participará de nenhum ato de rua. A expectativa é que a fase final do julgamento ocorra na próxima semana, com votos dos ministros da 1ª Turma entre terça (9) e quinta (11), e a sentença sendo definida na sexta-feira (12).
Enquanto isso, a direita organiza manifestações em todo o país. No Dia da Independência (7 de setembro), o movimento “Todos na Rua”, convocado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), reuniu lideranças políticas e apoiadores em diversas capitais. No Recife, o ato ocorreu na Avenida Boa Viagem, contando com a participação de nomes como o deputado estadual Alberto Feitosa (PL).
Feitosa destacou que o objetivo das manifestações é reforçar a pressão popular contra o julgamento e defender uma anistia ampla e irrestrita para Bolsonaro e demais acusados.
“Os discursos são os mesmos: não reconhecendo o julgamento, chamando de ‘judiciamento’, pedindo anistia ampla, geral e irrestrita, e atacando a imparcialidade dos ministros. A orientação é clara: ir às ruas contra o STF e contra as tentativas de barrar a anistia”, afirmou o deputado.
A mobilização ocorre às vésperas do voto do ministro Alexandre de Moraes, considerado crucial para o resultado final do julgamento, que pode definir o futuro político de Bolsonaro e de seus principais aliados.
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