O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou nesta sexta-feira (22) que o país está disposto a destruir completamente o que resta da Cidade de Gaza caso o Hamas não aceite os termos israelenses para um acordo de paz. A ameaça ocorre um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizar negociações voltadas à libertação de reféns que ainda estão em poder do grupo palestino.
Em publicação na rede social X, Katz afirmou: “Em breve, as portas do inferno se abrirão sobre as cabeças dos assassinos e violadores do Hamas em Gaza, até que aceitem as condições estabelecidas por Israel para o fim da guerra, principalmente a libertação de todos os reféns e o desarmamento do movimento islâmico palestino.”
Enquanto isso, a situação humanitária no enclave se agrava. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou pela primeira vez de forma oficial a existência de fome em Gaza. Segundo o relatório, cerca de 500 mil pessoas estão em privação alimentar extrema, número que deve aumentar em setembro.
Agências da ONU pediram um cessar-fogo imediato e a abertura de acesso humanitário sem restrições, alertando para o risco de milhares de mortes por fome e subnutrição. O secretário-geral António Guterres reforçou: “Não podemos permitir que esta situação continue impunemente.”
O governo de Israel, no entanto, nega a crise de fome, classificando o relatório da ONU como “falso e tendencioso”. Tel Aviv acusa os peritos internacionais de utilizarem dados parciais e manipulados pelo Hamas, em meio ao conflito que já dura mais de 10 meses e não dá sinais de trégua.
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