A Federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil já tem comando definido em Pernambuco, e a decisão promete repercussão entre as principais lideranças políticas do estado. O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) será o presidente da federação no estado, conforme critérios previamente acordados entre as cúpulas nacionais dos partidos.
O critério utilizado levou em conta o desempenho nas urnas em 2022: os quatro deputados federais eleitos pelo PP em Pernambuco — Eduardo da Fonte, Clarissa Tércio, Fernando Monteiro e Lula da Fonte — somaram 539.324 votos, enquanto os três eleitos pelo União Brasil — Fernando Filho, Mendonça Filho e Luciano Bivar — totalizaram 305.752 votos. A presidência, portanto, fica com o partido de maior votação, enquanto a vice-presidência estadual deve ser ocupada por Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina.
Federação de impacto
Com a federação, PP e União Brasil serão obrigados a atuar em conjunto nas eleições pelos próximos quatro anos — um casamento político que exigirá habilidade e diplomacia, sobretudo diante de interesses divergentes. A união também garante à federação um dos maiores Fundos Eleitorais do país em 2026, com valor estimado superior a R$ 1 bilhão, tornando-a uma das forças políticas mais robustas do cenário nacional.
Miguel Coelho pode deixar a federação
Nos bastidores, o clima é de tensão. Miguel Coelho, atual presidente do União Brasil em Pernambuco, já sinaliza insatisfação com a federação e, segundo fontes ligadas ao ex-prefeito, avalia migrar para uma sigla alinhada ao seu aliado político, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Essa decisão pode reconfigurar o xadrez eleitoral de 2026, especialmente em uma eventual disputa majoritária estadual ou municipal.
Mendonça Filho confortável, mas atento
Enquanto isso, Mendonça Filho parece estar mais confortável com o alinhamento da federação à base da governadora Raquel Lyra (PSDB). Porém, não está descartada uma mudança estratégica, possivelmente para o Podemos, partido com o qual Mendonça mantém conversas de bastidores, segundo interlocutores próximos.
O jogo está só começando
Com as articulações já em curso e a janela partidária de 2026 se aproximando, a formação da Federação PP/União Brasil promete mexer com as peças do tabuleiro político pernambucano. O cenário ainda é de incertezas, mas uma coisa é certa: a disputa pelo protagonismo dentro da federação está longe de acabar — e os próximos capítulos prometem ser decisivos.
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