O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), moveu um novo processo contra a vereadora do Recife, Kari Santos (PT), após ser chamado de “prisioneiro do diabo” em um vídeo publicado nas redes sociais da parlamentar na última sexta-feira (13), dia em que o ex-ministro foi preso pela Polícia Federal na capital pernambucana. A prisão aconteceu durante a mesma operação que também levou à detenção de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Gilson foi liberado horas depois por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na publicação, Kari ironiza a prisão do ex-ministro dizendo:
— “O sanfoneiro do diabo acabou de ser preso, em plena sexta-feira 13. Sanfoneiro do diabo não, é prisioneiro do diabo. Agora vai lá, Gilson Machado, me processa de novo”, disparou.
A vereadora também ironizou:
— “Tem gente dizendo por aí que tu não vai ter São João, mas já tem a sanfona, e o xadrez já garantiu”, completou.
Processo e valores de indenização
A ação movida por Gilson Machado acusa Kari Santos de “discurso de ódio e linchamento virtual”, além de “proferir palavras de baixo calão”, ao associar sua imagem à figura do diabo. Na ação, ele pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.
Além disso, solicita que o Instagram exclua o vídeo publicado pela parlamentar, sob pena de multa de R$ 2 mil por dia de descumprimento, podendo chegar até R$ 30 mil.
O processo também afirma que Kari debocha da Justiça brasileira ao desafiar Gilson a mover novas ações contra ela. Vale lembrar que em 2024, a vereadora já havia sido condenada a pagar uma multa de R$ 5 mil por chamar Gilson Machado, que era candidato a prefeito do Recife na época, de “sanfoneiro do diabo”.
Resposta da vereadora
Procurada pela imprensa, a assessoria da vereadora informou que, até o momento, Kari Santos não foi oficialmente notificada de nenhuma ação movida por Gilson Machado.
Prisão
Gilson Machado foi preso pela Polícia Federal na manhã da sexta-feira (13), suspeito de participar da tentativa de obtenção de um passaporte português para Mauro Cid, que também foi preso. Machado é réu no chamado “inquérito do golpe”, que tramita no STF e investiga uma possível tentativa de golpe de Estado no Brasil.
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