Um jantar no final de semana na casa do secretário da Casa Civil do Governo de Pernambuco, Túlio Vilaça, em Gravatá, tornou pública a reaproximação entre o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, e a governadora Raquel Lyra. O movimento, que antes ocorria nos bastidores, começou oficialmente na segunda-feira, dia 18, quando Anderson e Raquel se encontraram para um café da manhã no Palácio, acompanhados do deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual da União Progressista.
Candidato ao Senado, Eduardo da Fonte já havia se reunido a sós com a governadora há cerca de 20 dias para iniciar articulações políticas do palanque de Raquel para as eleições de 2026. A partir desse encontro, Eduardo passou a trabalhar na aproximação de lideranças e partidos mais afastados, incluindo o PL, que havia rompido com a governadora devido ao controle do Detran, anteriormente administrado pelo partido, mas agora sob gestão do PP, de Eduardo.
Em Gravatá, durante mais um evento do programa Ouvir para Mudar e do Festival Pernambuco é o Meu País, Eduardo e Anderson posaram para uma foto ao lado de Raquel, o que levou alguns líderes presentes a apelidarem a parceria de “tríplice aliança”.
Apesar da proximidade, Eduardo da Fonte ressaltou que a reaproximação ainda não está sacramentada oficialmente: “Eu tive o cuidado de ajudar na reaproximação, mas agora cabe à governadora definir os próximos passos.”
O movimento ganha relevância política diante do tamanho e da força do PL em Pernambuco. Eduardo destacou que o partido, sob comando de Anderson, possui uma bancada federal significativa e tempo de televisão considerável, fatores estratégicos para as eleições de 2026. Para Raquel Lyra, a recomposição da base do PL significa ampliar o apoio ao governo e fortalecer sua articulação política; para Eduardo, representa uma chance de conquistar mais votos da direita e do eleitorado evangélico.
Assim, a chamada “tríplice aliança” pode se consolidar como um pacto estratégico que beneficiaria Raquel Lyra, Anderson Ferreira e Eduardo da Fonte, embora os próximos passos ainda dependam de definições políticas e negociações em curso.
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