A administração da prefeita Mirella, prestes a completar um ano, enfrenta desgaste acelerado e fragilidade administrativa que já refletem no cenário político de Olinda. Os problemas acumulados — financeiros, operacionais e de credibilidade — têm alimentado a percepção de que a cidade vive um dos períodos mais instáveis da última década, abrindo espaço para novas lideranças.
Entre esses nomes, Izabel Urquiza (PL) desponta como a figura que mais cresceu politicamente na cidade após as eleições de 2024.
Gestão Mirella: dificuldades financeiras e ausência de respostas
Os primeiros 11 meses da gestão Mirella foram marcados por:
• atrasos recorrentes no pagamento de trabalhadores terceirizados da Educação;
• pendências financeiras com a Cultura, incluindo profissionais que atuaram no Carnaval;
• dificuldade em reorganizar contratos e ajustar despesas;
• falta de transparência sobre o rombo herdado da gestão do ex-prefeito Lupércio;
• incapacidade de apresentar um plano claro de recuperação fiscal.
A prefeita, politicamente atrelada ao ex-prefeito, segue sem conseguir se desvincular do desgaste da gestão anterior — desgaste esse ampliado pela crise atual.
Do ponto de vista técnico, analistas identificam que Mirella não conseguiu implementar medidas estruturais de controle de gastos, auditoria de contratos ou reordenamento financeiro. O resultado é uma prefeitura paralisada, sem capacidade de investimento e perdendo credibilidade entre servidores e a população.
O desempenho de Izabel Urquiza e a base de votos da direita
Nas eleições municipais de 2024, Izabel Urquiza (PL) obteve 24,83% dos votos, totalizando 51.526 votos, ficando em terceiro lugar na disputa. Apesar de não ter ido ao segundo turno, sua votação se consolidou como a expressão mais forte da direita olindense naquele pleito.
Analistas políticos avaliavam, à época, que a vitória de Mirella no segundo turno se deu, em grande parte, pelo deslocamento do eleitorado conservador, que preferiu optar por uma candidata considerada menos alinhada à esquerda.
Agora, com o desgaste prolongado da atual gestão, a leitura técnica é outra:
esses votos tendem a migrar novamente para Izabel, mas desta vez com maior força e fidelidade.
Izabel Urquiza como nome forte para a ALEPE
Izabel já demonstra articulação e capilaridade política suficientes para se projetar além do âmbito municipal. Segundo especialistas, a performance eleitoral de 2024, aliada ao desgaste acelerado do governo Mirella, cria um ambiente favorável para:
• lançamento de sua pré-candidatura à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE);
• ampliação de presença em bairros onde sua votação já foi expressiva;
• consolidação como principal nome da oposição em Olinda;
• captação do eleitorado conservador que rejeita tanto a gestão atual quanto o legado de Lupércio.
Com a administração Mirella cada vez mais fragilizada e sem apresentar resultados concretos, Izabel surge como alternativa de renovação e como representante do eleitorado que se sente traído ou desamparado pela condução atual da cidade.
Conclusão: a equação política já mudou
O cenário indica que a crise da gestão Mirella tem um impacto direto no rearranjo político de Olinda.
Enquanto a prefeita perde espaço, sofre desgaste e enfrenta desgaste interno e externo, Izabel Urquiza cresce, se fortalece e se posiciona como nome competitivo para a ALEPE e protagonista da oposição local.
Olinda vive uma fase de incertezas administrativas — mas no campo político, a direção parece clara:
Izabel se consolida como o nome que mais ganha força com o enfraquecimento da atual gestão.


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