O preço da cesta básica no Recife registrou a maior alta entre todas as capitais brasileiras no período de 12 meses, com aumento de 19,52%, o que corresponde a R$ 107,03 a mais. De acordo com levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em parceria com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o custo médio da cesta na capital pernambucana chegou a R$ 655,46 em julho.
Produtos em alta e em queda
Entre junho e julho, cinco dos 12 itens que compõem a cesta básica no Recife tiveram aumento:
- Tomate: +15,25%
- Banana: +9,29%
- Arroz: +0,68%
- Óleo de soja: +0,43%
- Carne: +0,35%
Já outros itens registraram redução de preço no período:
- Café: -3,02%
- Feijão: -1,42%
- Manteiga: -1,39%
- Farinha de mandioca: -1,14%
- Açúcar: -0,45%
- Pão francês: -0,21%
- Leite: +0,99%
Peso no bolso do trabalhador
Segundo o levantamento, em julho o trabalhador recifense que ganha um salário mínimo precisou dedicar 94 horas e 59 minutos de trabalho por mês para adquirir a cesta básica. Esse número é duas horas e 34 minutos maior que o registrado em junho de 2025, quando foram necessárias 92 horas e 25 minutos.
Na comparação com julho de 2024, o aumento é ainda mais expressivo: naquele período, o tempo comprometido era de 85 horas e 27 minutos, ou seja, 9 horas e 32 minutos a menos do que o observado neste ano.
Comparação com outras capitais
Apesar das altas expressivas, o Recife ainda não figura entre as capitais com a cesta básica mais cara do Brasil. No Nordeste, o maior valor em julho foi registrado em Fortaleza (R$ 738,09), seguida por Teresina (R$ 677,00), São Luís (R$ 664,52) e, em quarto lugar, o Recife (R$ 655,46).
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