A poucos meses da maior celebração cultural de Pernambuco, Olinda enfrenta um cenário alarmante. Faltando 92 dias para o Carnaval, a gestão da prefeita Mirella demonstra um nível de desorganização que ameaça diretamente a realização da festa — e coloca a cidade no caminho de viver um dos piores carnavais de todos os tempos.
O motivo é claro e revoltante: Olinda acumula uma grande dívida com músicos, orquestras e artistas, justamente aqueles que fazem o espetáculo acontecer. Sem pagamento, sem previsão e sem diálogo efetivo, o clima entre os protagonistas do Carnaval é de indignação e abandono. Muitos alegam que nunca viram tamanha falta de respeito com a cultura da cidade.
Enquanto isso, segundo informações de bastidores, a gestão parece ter mudado seu foco para a pré-campanha do ex-prefeito Professor Lupércio, deixando a cidade à própria sorte. Serviços básicos enfraquecidos, ausência de planejamento e falta de responsabilidade com o patrimônio cultural só reforçam a percepção de uma Olinda sem comando.
Dentro da própria base, vereadores já teriam alertado a prefeita: “Prefeita, afaste-se de Lupércio e pense na cidade”, aconselharam alguns parlamentares, preocupados com o rumo desastroso da administração. Mas, mesmo diante dos avisos, a gestão segue sem demonstrar capacidade de reação.
Com o tempo correndo e a cidade atolada em dívidas e decisões políticas equivocadas, o risco de um Carnaval caótico, mal estruturado e marcado por protestos é real. Olinda deveria estar no auge da preparação, mas está afundada em incertezas e descaso.
Se nada mudar, 2026 pode entrar para a história da cidade — não pelo brilho das ladeiras, mas pela vergonha de um Carnaval abandonado pela própria gestão. Olinda e seus artistas merecem muito mais do que isso.


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