O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou, na noite desta terça-feira (13), suas alegações finais no processo em que é acusado de participar de uma tentativa de golpe de Estado, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa alega falta de provas para sustentar as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), pede o reconhecimento de cerceamento de defesa e a nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
Esta é a última etapa antes de o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, poder marcar o julgamento dos réus do chamado “núcleo 1”. A previsão é que a análise ocorra em setembro.
Segundo a acusação, após a derrota nas eleições, Bolsonaro teria sido responsável por elaborar uma minuta com previsão de prisão de autoridades e intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O plano, contudo, não teria sido executado devido à resistência de comandantes do Exército e da Aeronáutica. A defesa afirma que o texto citado não consta nos autos do processo.
Os advogados também rebatem a denúncia central de que o ex-presidente teria promovido uma campanha contra as urnas eletrônicas, citando uma live, uma reunião ministerial e um encontro com embaixadores como parte de um suposto plano para se manter no poder. Para a defesa, tais eventos não configuram crime.
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