O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (10) que a 22ª Delegacia de Polícia da Penha, no Rio de Janeiro, suspenda a investigação contra familiares e amigos que participaram da remoção de corpos em uma área de mata nos complexos do Alemão e da Penha, após a megaoperação policial do dia 28 de outubro.
Na decisão, Moraes também estabeleceu um prazo de 48 horas para que o delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, titular da unidade, apresente esclarecimentos sobre os motivos que levaram à abertura do inquérito.
O caso ganhou repercussão nacional após, em 29 de outubro, moradores retirarem mais de 70 corpos da mata e os levarem até a Praça São Lucas, localizada na Estrada José Rucas, uma das principais vias da região. A ação dos familiares ocorreu após relatos de dificuldade no acesso das equipes oficiais às áreas atingidas pelos confrontos.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes foi tomada em meio a fortes debates sobre a condução das operações policiais em favelas e o respeito aos direitos humanos nas ações de segurança pública do Rio de Janeiro.


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