O cenário político de Abreu e Lima vive um momento de clara instabilidade. A crescente insatisfação entre vereadores da base governista vem comprometendo o projeto do prefeito Flávio Gadelha, que tenta consolidar o nome do filho como pré-candidato a deputado estadual nas eleições de 2026.
Nos bastidores, o comentário é unânime: a falta de articulação política do Executivo está gerando um desgaste sem precedentes no grupo governista.
Falta de diálogo e rachaduras internas
Parlamentares aliados relatam que o governo perdeu o controle político da Câmara e vem acumulando atritos com antigos parceiros. A ausência de diálogo, o distanciamento do prefeito e o sentimento de exclusão entre as lideranças locais criaram um ambiente de tensão e desconfiança.
Essa fragilidade, segundo analistas, coloca em risco o projeto político familiar de Gadelha e ameaça diretamente as pretensões do filho nas urnas.
“O prefeito parece não perceber que a base parlamentar é a espinha dorsal de qualquer candidatura. Quando se perde o diálogo, perde-se também o chão político”, afirmou uma fonte ligada ao Legislativo.
Rebeca Lucena em ascensão
Enquanto o grupo de Flávio Gadelha enfrenta turbulências, Rebeca Lucena desponta como um dos nomes mais promissores da nova geração política de Abreu e Lima.
Com perfil técnico, discurso coerente e boa relação com a população, Rebeca vem ampliando seu campo de apoio, principalmente após contar com o apoio decisivo do vice-prefeito Murilo do Povo, que tem se destacado pela forte capacidade de articulação e influência na Câmara, onde já exerceu a presidência.
Murilo tem sido peça-chave na consolidação do grupo de Rebeca, articulando alianças e fortalecendo pontes políticas que vêm transformando a pré-candidata em uma das forças mais organizadas para o pleito de 2026.
Prefeito em situação delicada
Fontes próximas ao núcleo do governo afirmam que o prefeito Flávio Gadelha está preocupado com o avanço de Rebeca Lucena e com o crescente isolamento político do seu grupo.
Internamente, aliados relatam que o gestor tem demonstrado insegurança e falta de estratégia, situação que faz com que muitos já descrevam o momento como de “crise de liderança”.
“O prefeito está com a mão na cabeça sem saber o que fazer”, revelou uma fonte com acesso ao gabinete.
Com a base fragmentada e a oposição articulada, Gadelha enfrenta o desafio de reconstruir sua imagem política e tentar salvar o projeto do filho, que começa a se fragilizar diante da perda de sustentação política.
Análise Técnica
O cenário de Abreu e Lima ilustra um fenômeno comum em gestões que chegam à reta final sem recomposição política: a erosão do capital eleitoral e o surgimento de novas lideranças.
Enquanto o prefeito Flávio Gadelha enfrenta o custo da falta de articulação com a Câmara, Rebeca Lucena e Murilo do Povo consolidam um projeto mais moderno, participativo e sintonizado com a base.
Se nada mudar até 2026, a candidatura do filho do prefeito corre sério risco de se tornar uma tragédia eleitoral anunciada, simbolizando o colapso de um ciclo político e o fortalecimento de um novo eixo de poder em Abreu e Lima.


Deixe um comentário