A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), vem surpreendendo analistas políticos com o avanço de sua aprovação e presença na Região Metropolitana do Recife (RMR). Após consolidar uma liderança sólida no Sertão e no Agreste, onde tem hoje uma das melhores avaliações de gestão do Nordeste, Raquel inicia uma curva de crescimento consistente também nos principais municípios da Grande Recife — movimento que começa a reposicionar o cenário eleitoral de 2026.
Esse avanço é resultado de uma estratégia técnica e bem estruturada, baseada na entrega de obras, fortalecimento de bases políticas e parcerias com prefeitos da região metropolitana. Desde o segundo semestre de 2025, o governo estadual tem intensificado ações em áreas essenciais como mobilidade, saneamento, saúde e segurança pública, com destaque para Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Jaboatão e Cabo de Santo Agostinho, onde a presença do Estado passou a ser mais perceptível.
Enquanto isso, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), principal adversário de Raquel Lyra e até então com força dominante na região metropolitana, começa a enfrentar sinais de desgaste político. Analistas apontam dois fatores principais para esse cenário.
O primeiro é o crescimento da governadora na região, impulsionado pelo volume de entregas e pela visibilidade das ações do Estado. O segundo é a suposta pré-candidatura do vereador Eduardo Moura (Novo), que tem atraído parte do eleitorado jovem e mais crítico, antes alinhado a João Campos, contribuindo para uma leve erosão em sua base política.
A avaliação é de que Raquel Lyra vem convertendo eficiência administrativa em capital político, ampliando sua competitividade para 2026. O movimento de expansão simultânea no Sertão, Agreste e agora na Região Metropolitana coloca a governadora em posição estratégica de vantagem.
Com uma imagem de gestora técnica e focada em resultados, Raquel se consolida como liderança estadual com presença crescente também nos grandes centros urbanos, enquanto João Campos precisa recalibrar sua estratégia para conter o desgaste e manter relevância fora da capital.
Se mantiver o ritmo de obras, entregas e alianças políticas, Raquel Lyra tende a entrar no último ano de mandato em seu melhor momento político, alterando significativamente o equilíbrio de forças no tabuleiro eleitoral pernambucano.


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