A morte do pequeno Kauã Henrique Ramos da Silva, de apenas sete dias de vida, gerou forte comoção e denúncias de negligência médica contra o Centro Universitário Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), localizado no bairro da Encruzilhada, no Recife.
Segundo a família, o bebê nasceu em 13 de setembro e faleceu no dia 20, após complicações decorrentes de uma infecção que evoluiu para choque séptico. Durante o parto, Kauã sofreu uma fratura no braço direito e, de acordo com relatos, apresentou agravamento no quadro clínico ao longo da internação.
A mãe, Karolayne Urbano da Silva, de 17 anos, contou que passou por cerca de duas horas de trabalho de parto até que apenas a cabeça do bebê saísse, permanecendo presa por aproximadamente 20 minutos. Ela chegou a desmaiar durante o procedimento. Ainda segundo a jovem, o médico precisou realizar manobras para retirar a criança, que nasceu sem chorar e precisou de oxigênio imediatamente.
Em nota, o Cisam confirmou que o parto foi marcado por um “período expulsivo prolongado, resultando em distócia de ombros”. O hospital afirmou que o recém-nascido evoluiu inicialmente bem, mas apresentou vômitos e distensão abdominal, o que levou à necessidade de antibióticos, intubação e suporte avançado.
A instituição ainda declarou que todas as condutas médicas adotadas seguiram protocolos clínicos recomendados e que a equipe multidisciplinar acompanhou de perto a evolução do bebê. “Apesar do desfecho trágico, as intervenções realizadas estavam em linha com as melhores práticas e diretrizes clínicas”, destacou em nota.
O caso continua repercutindo e deve ser apurado pelos órgãos competentes. A família cobra justiça e responsabilização.
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