O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou que sua equipe econômica avalie a implementação da tarifa zero no transporte público em todo o Brasil, ou seja, a eliminação da cobrança de passagens de ônibus.
A proposta não é nova. Em 2012, o então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad – hoje ministro da Fazenda – apresentou um projeto semelhante, baseado em um subsídio cruzado. A ideia era acrescentar R$ 1 por litro de gasolina para custear a gratuidade no transporte coletivo. Na época, com o combustível mais barato, a proposta parecia mais viável. Atualmente, porém, os valores elevados tornam o modelo mais complexo.
Segundo informações, Lula discutiu o tema recentemente com o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), um dos principais defensores da tarifa zero. O presidente também pediu que Haddad aprofundasse os estudos de viabilidade do projeto. Para Tatto, o sistema atual de financiamento do transporte coletivo urbano está em colapso, marcado por tarifas cada vez mais altas, queda no número de passageiros e pressão por novos reajustes.
Dentro do Governo Federal, parte da equipe econômica estuda alternativas para viabilizar a medida. Uma delas seria implementar a gratuidade de forma parcial, começando com passagens gratuitas aos domingos e feriados. Outra linha de debate é priorizar trabalhadores que dependem do transporte diariamente, e não apenas usuários ocasionais, como os que utilizam para lazer.
Hoje, algumas cidades brasileiras já adotam a gratuidade aos domingos, como São Paulo (SP), Brasília (DF), Belém (PA) e Vitória (ES). Esses modelos locais estão sendo considerados como referência nos cálculos do Governo.
Caso o estudo de viabilidade fiscal e política seja favorável, a expectativa é que o programa possa começar a ser aplicado a partir de 2026.
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