Em reunião realizada na terça-feira (12/9), a presidente nacional do PT e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pediu apoio de ministros ligados ao Centrão para barrar o projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com relatos, Gleisi orientou que os ministros atuem diretamente junto aos deputados de seus partidos e estados, em um corpo a corpo político, para evitar que a proposta seja aprovada em votação prevista para quarta-feira (17/9) na Câmara dos Deputados.
Participação de ministros
A reunião contou com a presença de nomes de peso do governo que são ligados a partidos como MDB, PP e União Brasil, entre eles:
- Simone Tebet (Planejamento)
- Jader Filho (Cidades)
- Renan Filho (Transportes)
- Alexandre Silveira (Minas e Energia)
- André de Paula (Pesca)
- Carlos Fávaro (Agricultura)
- André Fufuca (Esporte)
- Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos)
- Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência)
Posição do governo sobre a PEC da Blindagem
Na mesma reunião, Gleisi deixou claro que a chamada PEC da Blindagem, que busca limitar investigações contra parlamentares, não é uma pauta oficial do governo federal. Segundo ela, a decisão caberá aos líderes partidários, mas destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é pessoalmente contra a proposta.
Contexto das negociações
Essa não foi a primeira movimentação do Planalto contra a anistia. No último dia 8 de setembro, Gleisi já havia se reunido com integrantes do Centrão que ocupam ministérios estratégicos para reforçar a necessidade de articulação e barrar o avanço do projeto no Congresso.
A iniciativa reforça a preocupação do governo em evitar que o tema avance com apoio da base aliada, já que a anistia é vista por setores da oposição como forma de aliviar a responsabilidade dos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.
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