O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais cinco aliados no julgamento da ação penal da chamada “trama golpista”.
Após quase 13 horas de leitura, o ministro defendeu a condenação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do general Walter Braga Netto, atribuindo a eles o papel de líderes da articulação que tentou abolir de forma violenta o Estado Democrático de Direito.
Entendimento sobre Bolsonaro
Segundo Fux, Bolsonaro apenas “cogitou medidas de exceção” e “não aconteceu nada”. Para o ministro, a mera cogitação não seria suficiente para condenar o ex-presidente. Ele também classificou como “ilações” da Procuradoria-Geral da República (PGR) as acusações de ligação entre Bolsonaro e os golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“Esses elementos jamais podem sustentar a ilação de que Jair Bolsonaro tinha algum tipo de ligação com os vândalos que depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023”, declarou.
Placar do julgamento
Apesar da posição de Fux, o placar pela condenação de Bolsonaro e de outros sete réus está em 2 votos a 1. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já votaram pela condenação.
Ainda faltam os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, previstos para esta quinta-feira (11), a partir das 14h.
PGR pediu condenação dura
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação de Bolsonaro pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, violência, grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas poderiam chegar a 30 anos de prisão.
📷 Foto: Fátima Meira/Enquadrar
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