A saída de Lia de Itamaracá da Secretaria de Turismo, Cultura e Lazer da Ilha trouxe à tona um clima de crise e desorganização na gestão do prefeito Paulo Galvão. Em nota oficial, Lia deixou claro que não está abandonando a cultura, mas sim se afastando de uma prefeitura que, segundo ela, não lhe dava condições mínimas para exercer o cargo com autonomia e respeito.
Lia relatou que foi constantemente ignorada em decisões estratégicas, sem direito de opinar em projetos e sem participação na destinação de recursos da pasta. Sua equipe sequer era consultada, e até a escolha de bandas para eventos da cidade teria sido feita sem seu aval. Diante desse cenário, a artista decidiu pedir exoneração, revelando o quanto a gestão de Paulo Galvão fragiliza a cultura local e desrespeita os verdadeiros representantes da identidade da Ilha.
O episódio vai muito além de um simples pedido de exoneração: mostra que, sob o comando de Paulo Galvão, a cultura de Itamaracá tem sido tratada com descaso e sem transparência. A saída de Lia, reconhecida internacionalmente como patrimônio vivo da cultura pernambucana, é um duro golpe para a imagem do prefeito, que agora carrega a responsabilidade por ter afastado a maior referência cultural da cidade.
“Lia não se cala, Lia não se curva e ninguém desmerece ou desrespeita Lia de Itamaracá”, afirmou a cirandeira, reforçando que seguirá seu compromisso com o povo e que levará os fatos ao Ministério Público de Pernambuco.
Ao permitir que a maior representante cultural da Ilha se afastasse por falta de diálogo e respeito, Paulo Galvão deixa clara a fragilidade de sua gestão e abre espaço para fortes críticas de toda a sociedade itamaracaense.
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