O clima político na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) esquentou nesta quarta-feira (20), após o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), subir à tribuna para revelar o resultado de uma investigação que aponta o secretário-executivo de Informações Estratégicas do Governo de Pernambuco, Manoel Pires Medeiros Neto, como o autor de uma denúncia anônima contra a deputada Dani Portela (PSOL).
De acordo com Porto, a apuração foi conduzida pela Superintendência de Inteligência (Suint) da Alepe e identificou que, no dia 9 de agosto, o servidor teria utilizado uma lan house em um shopping do Recife para preparar um pen drive com material destinado a incriminar a parlamentar do PSOL.
A denúncia anônima ganhou repercussão política e jurídica, mas agora, segundo o presidente da Alepe, há provas que ligam diretamente um assessor do Palácio ao episódio. “Não podemos permitir que servidores do Executivo usem sua função para perseguir parlamentares. Essa Casa exige respeito”, afirmou Porto.
Ainda segundo o deputado, toda a documentação obtida será disponibilizada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já instalada na Alepe, além de ser compartilhada com deputados, imprensa e o Poder Judiciário, para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
O caso deve ampliar a tensão entre o Legislativo e o Executivo estadual, abrindo um novo capítulo nas disputas políticas em Pernambuco.
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