Na política pernambucana, certas coincidências chamam a atenção. De um lado, o ex-prefeito de Paulista, Júnior Matuto, aliado de primeira hora de João Campos, teve sua gestão marcada por sucessivas operações da Polícia Civil e do Ministério Público que investigaram suspeitas de irregularidades na administração municipal. De outro, o próprio João Campos, prefeito do Recife, viu sua gestão ser alvo de uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia, realizada no último dia 14, que apura denúncias de possíveis desvios e irregularidades na máquina pública.
Ambos têm algo em comum além da legenda: são filiados ao PSB e carregam em suas trajetórias políticas episódios que colocam em xeque o discurso de “gestão moderna” e “eficiência” pregado pelo partido.
Em Paulista, a gestão de Júnior Matuto virou sinônimo de escândalo, com mandados de busca e apreensão sendo cumpridos na própria sede da prefeitura. Já no Recife, a operação da última semana mostrou que o mesmo enredo pode estar se repetindo, agora na capital, colocando João Campos na defensiva.
Enquanto aliados tentam minimizar o impacto e acusam a oposição de explorar politicamente as investigações, a população observa com desconfiança. Para muitos, a situação expõe que, no PSB, a prática administrativa dos principais nomes parece seguir um roteiro semelhante: muito marketing, pouco resultado concreto e uma sombra constante de suspeitas.
O fato é que, com operações atingindo figuras centrais da legenda, o PSB começa a enfrentar um desgaste que pode pesar nas próximas eleições. Afinal, para o eleitor, a pergunta que fica é: até que ponto essas coincidências são apenas obra do acaso?
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