A crise envolvendo a deputada estadual Dani Portela (PSOL) ganhou novos capítulos, e agora parte das críticas parte de onde menos se esperava: o próprio partido. Em nota oficial, o PSOL-PE admitiu publicamente que a parlamentar vem se distanciando da legenda há meses, confirmando um rompimento político e ideológico cada vez mais evidente.
Segundo o texto, o afastamento ficou claro com a desfiliação coletiva de membros da sua equipe parlamentar, dos quais parte já se transferiu para outra legenda, sinalizando uma mudança de alinhamento político. O documento também afirma que os assessores que optaram por permanecer no PSOL foram exonerados do mandato por decisão da própria deputada.
O partido também aponta que Dani Portela deixou de participar das articulações e atividades ligadas à chapa majoritária para 2026, não mantendo diálogo com a direção partidária nem participando da vida orgânica da sigla em Pernambuco.
Em tom crítico, o PSOL declarou ter “sérias reservas” quanto à postura da deputada e citou como exemplo a articulação que favoreceu a eleição do deputado Alberto Feitosa (PL) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Alepe, contando com votos do bloco PSOL, Republicanos e PSB — um movimento que fere diretamente as diretrizes ideológicas do partido, que classifica o PL como uma legenda “diametralmente oposta” aos seus princípios.
O caso mostra que, além das denúncias que já enfrenta e das acusações de comportamento político questionável, Dani Portela agora lida com um racha interno que deixa claro: nem dentro do seu próprio partido há mais confiança em sua atuação.
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