A Câmara Municipal de Petrolina viveu, nesta quinta-feira (5), mais um episódio lamentável que escancara o descontrole, a falta de diálogo e o autoritarismo dentro do Legislativo. Durante a sessão, uma discussão por tempo de fala entre o vereador Ronaldo Silva e o presidente da Casa, Osório Siqueira, saiu do tom institucional e virou cena de constrangimento público.
Ronaldo Silva, visivelmente irritado por ter seu pedido de fala negado, protestou de forma exaltada e chegou a bater com força na mesa, derrubando um copo e assustando a vereadora Rosarinha Coelho, que estava ao seu lado. A situação gerou gritos no plenário e um ambiente caótico, interrompendo os trabalhos e deixando claro o clima de tensão e disputa interna que domina os bastidores da Câmara.
A origem do confronto foi a condução da pauta por Osório Siqueira, que ignorou o pedido de fala de Ronaldo Silva ao ler a lista dos parlamentares inscritos. A atitude do presidente da Casa, que já vinha sendo criticado por posturas centralizadoras e pouco democráticas, foi vista por alguns vereadores como mais um sinal de que a atual gestão da mesa diretora não respeita o contraditório nem a pluralidade de vozes no plenário.
O episódio escancara o que muitos já denunciavam nos bastidores: a Câmara de Petrolina está dominada por uma postura autoritária, onde o debate é sufocado e o espaço de fala é tratado como privilégio, não como direito parlamentar. A ausência de regras claras e o desrespeito ao regimento interno estão tornando o Legislativo municipal uma arena de conflitos pessoais, em vez de um espaço de discussão séria e responsável sobre os problemas da cidade.
Até o momento, a presidência da Câmara não se manifestou oficialmente, nem anunciou qualquer medida diante do comportamento explosivo do vereador e da falta de controle da sessão. A sociedade petrolinense segue aguardando um posicionamento firme que reestabeleça a ordem e o respeito dentro do parlamento.
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