A atual situação de alguns reservatórios em Pernambuco voltou a ligar o alerta para a escassez hídrica no estado. De acordo com o monitoramento da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), 16 reservatórios estão em colapso, sendo 14 localizados no Sertão e dois no Agreste.
Grandes barragens em situação crítica
Entre os reservatórios que estão praticamente secos, três chamam atenção por estarem entre os de maior capacidade de acumulação de água no estado. São eles:
- Entremontes (3ª maior barragem de Pernambuco) – apenas 1,47% da capacidade;
- Chapéu (7ª maior) – 0,16%;
- Jucazinho (6ª maior) – apenas 2,5%.
Além disso, os reservatórios Parnamirim, em Parnamirim, e Serrinha/Serraria, em Brejinho, estão completamente secos, com 0% de volume acumulado. Outros quatro reservatórios do Sertão registram menos de 1% da capacidade.
Estado de alerta: nível laranja
Outras barragens importantes, como Serro Azul, em Palmares, e Carpina (Lagoa do Carro), em Lagoa do Carro, estão em situação preocupante, com volume variando entre 16% e 28%.
No total, 15 reservatórios encontram-se em nível laranja, que corresponde a barragens operando com apenas 10% a 30% da capacidade.
Causas do esvaziamento
De acordo com Kássio Kramer, gerente de Monitoramento Hidrológico da APAC, a baixa nos reservatórios é explicada por diversos fatores:
- Falta de chuvas significativas nas bacias hidrográficas;
- Evaporação intensa devido ao calor;
- Consumo elevado de água para irrigação e abastecimento humano.
“As barragens dependem das chuvas para serem recarregadas. Quando elas não ocorrem de maneira significativa, os reservatórios não conseguem acumular grandes volumes de água”, destacou Kramer.
Situação exige atenção
O cenário reforça a necessidade de medidas emergenciais e estratégias de convivência com a seca, especialmente nas regiões mais afetadas, como o Sertão pernambucano, onde a maior parte dos reservatórios encontra-se em colapso.
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