Uma investigação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) revelou que a Prefeitura do Recife pode ter sido alvo de um esquema criminoso de desvio de verbas públicas que deveriam ser usadas na manutenção e recuperação de prédios públicos. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 100 milhões, segundo o inquérito.
O caso envolve a prática conhecida como “barriga de aluguel”, em que contratos são usados de forma irregular para permitir adesões de entidades que não participaram da licitação original, conhecidas como “caronas”. Além disso, há indícios de pagamento duplicado por serviços de engenharia e possível conluio entre empresas de Pernambuco e Minas Gerais.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a desproporcionalidade entre o uso das atas pelos órgãos criadores e o volume de adesões de órgãos “caronas” caracteriza fraude, com indícios de lavagem de dinheiro e corrupção organizada.
A operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em Recife, Paulista e outras cidades de Minas Gerais e Maranhão. A investigação ainda está sob sigilo, mas os indícios apontam para uma quadrilha sofisticada que atuava dentro da própria prefeitura, com participação de servidores públicos e agentes responsáveis pela fiscalização de obras.
💥 O esquema, que totaliza mais de R$ 500 milhões em contratos de manutenção e correção predial, revela a gravidade da má gestão e da corrupção na capital pernambucana.
Deixe um comentário