Washington, EUA – O governo dos Estados Unidos condenou, nesta segunda-feira (4), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma publicação nas redes sociais, o Escritório do Departamento de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental acusou Moraes de “ameaçar a democracia” e afirmou que ele será responsabilizado, junto a todos os que forem considerados cúmplices da medida.
“O juiz (Alexandre) Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”, diz a publicação, feita em português e em inglês.
A declaração oficial aponta que impor mais restrições à capacidade de Bolsonaro se defender em público “não é um serviço público” e reforça que os Estados Unidos responsabilizarão “todos aqueles que auxiliarem e forem cúmplices da conduta”.
O órgão responsável pela nota é vinculado ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, e já havia feito, em maio, uma postagem em português após o governo norte-americano anunciar a restrição de vistos para autoridades estrangeiras e pessoas cúmplices na censura de americanos.
A ação norte-americana representa um agravamento nas tensões diplomáticas e ocorre em meio às investigações da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro e aliados.
A repercussão internacional coloca mais pressão sobre o cenário político brasileiro e levanta questionamentos sobre a condução do processo judicial contra o ex-presidente, especialmente sob a ótica de garantias democráticas e direitos humanos.
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